Monday, April 09, 2007

Vida Underground.

Fim de tarde complicado no underground carioca. Não que bandas que imitam o D2, Los Hermanos e outras chatices alternativas estejam com problemas. Foi o metrô carioca.

O transporte que tanto me inspira passou por problemas operacionais. A metade de seu trecho foi fechado. Como ando uma linha inteira para ir do trabalho para casa, a chateação me afetaria diretamente. Bem, eu achava que o problema era com a Light, já que na casa de uma amiga, que mora nas redondezas da estação Glória, estava sem energia. Segui com meu próprio bode espiatório para xingar em pensamento. (Vejam quanta polidez, não participei do fórum público aberto pelos passageiros. E, se eu ler mais uma vez que brasileiro não reclama, cuspo na cara do jornalista que se atreveu a escrever essa idiotice)

Ao desembarcar na Glória, já estava subindo as escadas lotadas quando, por sorte, o sistema de som da estação avisou que o metrô estava retomando suas operações normais. Muita sorte e a vida continuou. Bem, a vida continuou para mim e para todo o resto, menos para o gajo que pulou na Estação Cinelândia.

Um bom amigo, que tem todo crédito com o autor do blog, contou que o problema desse atraso foi gerado por um suicida que pulou nos trilhos, logo na chegada do vagão à estação lotada. Não deu para o condutor fazer nada, disse ele, testemunha ocular do fato. Deixo para o leitor, assim como esse meu amigo deixou para mim, a dimensão do pânico que se deu na estação. No mínimo fatídico.


Agora, caríssimos, façamos uma brincadeira interativa. Acessem o Google e digitem “Metrô Carioca Suicídio” ou “Metrô Rio atraso” em notícias. Nadinha. Um site de notícias, do Terra, relata que houve um certo atraso. Que um homem “caiu” na estação.

A G1, que gaba-se por estar na crista da notícia e ser carioca da gema, estava em cima quando um par de barcas ficou a deriva na Baía de Guanabara, agora, até o post desse comentário, não relatou que no Metrô Rio teve um gajo que se espatifou nos trilhos. Alguns passageiros gostariam de saber o que ocorreu nessa tarde – e, acreditem, foi devastador em atraso e problemas. Será que ficou anônimo o fato porque eles não tem plantão ou é porque no Metrô Rio vende com exclusividade os jornais “O Globo” e “Extra”, que são da mesma empresa, e não querem manchar a imagem de ninguém?

Para não ficar na minha já redundante reclamação sobre os podres jornalistas brasileiros, termino escrevendo; Adolescentes Emos deprimidos do meu Brasil varonil, tomem remédios no conforto de suas casas quando quiserem cometer suicídio.

4 comments:

Anonymous said...

Caro autor figueiredista. Concordo plenamente com sua visão sobre o caso do metrô e fico feliz de ver que não sou o único a pensar desta forma.

Também utilizo o serviço da empresa diariamente no trecho botafogo - carioca - botafogo e fui vítima do atraso de ontem.

Pode até parecer coisa de teoria da conspiração, mas já ouvi mais de uma vez de pessoas também de minha confiança sobre a preocupação do metrô Rio em encobrir essas fatalidades.

Podemos até ver como advogados do diabo que a empresa se preocupa em não divulgar o ocorrido para não incentivar nenhum outro emo suicida, mas o fato de os jornais citados serem vendidos lá dentro das estações realmente deixa uma margem para a desconfiança de um possível acordo entre as empresas para manterem a imagem "limpa".

Abraço e parabéns pelo blog.

Suco de Cérebro said...

morreu na contramão atrapalhando tudo

Anonymous said...

Os jornais não podem publicar notícias sobre suicídio. Nenhum.

Anonymous said...

Keep up the good work.

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