Friday, September 17, 2010

"Prometi há tempos não fazer deste blog um diário e limitei onde pude a escrita. Por conta do sistema de educação nacional estar em ruínas há décadas, o Brasil tende a ser um país ágrafo até o fim dos seus tempos e o autor deste blog, ardilosamente, partiu para as artes gráficas para expressar-se. A arte gráfica é o filão maior, melhor entretenimento para semi-analfabetos não há. No entanto, existem pessoas, como os três leitores deste blog, que nadam contra esta maré e insistem em dedicar parte do tempo que não têm à leitura. Um dos útlimos bastiões deste fantástico movimento é minha amiga de plástico Fernanda Patelli. A Srta. Patelli, não satisfeita em deleitar-se com a língua pátria, ocupa-se também em desmascarar aqueles que se aproveitam da situação literária nacional para elevarem-se a medalhões. Graças ao Deus-da-Comida-Chinesa, Fernanda Patelli está aí para avisar os incautos que, se é para ler orelha de livro, ao menos que se leiam as que prestam.


Faz pouco tempo que iniciamos uma história de amor com Saulo Ramos. Não me atrevi a ler a obra (aquela história de semi-analfabetismo e tals). Mas Fernanda Patelli, com o espírito (de porco) inquieto, resolveu dissecar esta obra "prima" e esmiuçar, para todos nós, como se constrói uma falsidade literária em poucos movimentos. A mim, coube somente transferir parte de seus estudos para este blog. E o melhor, sem sua autorização prévia. Uma maravilha.



Por ter de ler as memórias de um jurista pretérito, um literário raso e amigo de venenosos caciques da nação, o povo brasileiro deve à Srta. Patelli.

Figueiredo."


Desvendando o Código da Vida
Parte I
Por Fernanda Patelli


Há alguns anos, mais uma vez conversando com meu bom amigo Figueiredo - arquiteto descalço e decorador almofada, atual candidato a pseudo-ovelha -, fui apresentada ao então novo livro do ex-ministro da justiça, advogado da família Sarney (se o currículo fosse meu, certamente omitir...ia isso e não pegaria o certificado) e ex-secretário de segurança pública de São Paulo, Saulo Ramos.

Assim, gastei R$40,41 e comprei o tal "Código da vida". Era um dinheiro que não tinha, gasto num livro que não me interessava, desperdiçando um tempo que não tinha - ou tenho - sobrando. Ótimo. Vale o empenho simplesmente para zombar de alguém com fundamento em suas próprias afirmações.

Ontem, subitamente, numa das revelações simbólicas que substâncias psicoativas e carboidratos em excesso costumam provocar, resolvi terminar de ler o livro, doravante tratado como "coiso". Como não sou capaz de me conter, não basta ler o que é ruim, preciso dividir. É como dizia um famoso pensador: "conhecimento é a única coisa que, quando divida, se multiplica". Para o bem e para o mal, acrescentaria.

2 comments:

Dennis said...

Cara eu acho que livros da série desvendando, são poucos que são realmente bons.

Eu gostei muito do "Desvendando Harry Portter", bem bacana, outro que dizem que é bacana é o "Desvendando o Senhor dos Anéis", fora esses todos os outros dizem que são uma merda.

Fernanda Patelli said...

Caríssimo, agora que estou de férias - eufemismo para desemprego sem data para terminar-, creio que Saulo terminará de ser lido. Aguardemos.

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